terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Orixá Ori


Ori, a essência real do ser, é uma divindade pessoal que guia e ajuda toda pessoa antes do nascimento, durante a vida e após a morte. O sentido literal de orí é cabeça física, e esta é o símbolo de orí inú (a cabeça interior, podemos dizer a nossa cabeça espiritual), responsável pela constituição do ser e sua trajetória existencial: quando o orí inú (a cabeça interior), está bem, todo o ser do homem está em boas condições.

O ori, é uma  entidade parcialmente independente, considerada uma divindade por si própria, é cultuado entre outras divindades, recebendo oferendas e orações, como o famoso ritual de borí, que significa dar de comer ao ori, ou seja é o alinhamento da nossa cabeça física com a nossa cabeça espiritual. Enquanto divindade pessoal, ori é o mais interessado de todos os orixás no que diz respeito ao bem-estar de seu devoto: pode-se dizer que é a mais importante das divindades dado que, seja qual for o empenho das outros em favorecer determinada pessoa, todo e qualquer progresso dependerá sempre do que for sancionado por Ori.

Se o Ori (Divindade Interna),  de um homem não simpatiza com sua causa, nada poderá ser feito por outra divindade. Assim, o que ori não sanciona não pode ser concedido nem por Olodumare, nem pelos orixás.

Todos nós nascemos com um destino para realizar, o que não significa sermos meros joguetes nas mãos de forças inteiramente deterministas. O homem tem o poder de tomar em suas mãos as rédeas do curso da própria existência e participar de modo responsável de seu desenrolar, através da busca de ampliação da consciência e dos conhecimentos e através do desenvolvimento disciplinado da Vontade.

Ori é a nossa “ligação direta” com Olodumare. Ligação com a força chamada Eleda (energia incondicional, o pensamento de Olorun que todos temos dentro de nós). É por isso que é dito quando saudamos nossas cabeças estamos saudando Eledá (energia incondicional, o pensamento de Olorun que temos dentro de nós), e isto é feito através do nosso Ori (Divindade interna).
  
Os seres humanos são constituídos dos seguintes princípios vitais: ará (o corpo físico); òjìji (representação visível da essência espiritual que acompanha o homem durante a vida, morrendo junto com ará, embora não sendo enterrado com ele); okàn (coração, relacionado ao sangue e sede da inteligência e do pensamento intuitivo, a alma e a fonte de toda ação); Ämí (princípio ou sopro vital, relacionado à respiração, mas não se reduzindo a ela, pois se diz por ocasião da morte que èmí foi embora; significa também espírito ou ser). Um dos nomes de Elédùnmarè (o Ser Supremo ou Deus) é Orísé (Fonte da qual originam-se os seres), o que mostra sua ligação profunda com cada criatura existente. Todo ori, embora criado bom, acha-se sujeito a mudanças. Feiticeiros, bruxas, homens maus e a própria conduta podem transformar negativamente um ori, sendo sinal dessa transformação uma cadeia interminável de infelicidades na vida de um homem a despeito de seus esforços para melhorar.

Agora a importância de Ori vem de IWA (LÉWA) que significa “Caráter é Beleza”, é através destas escolhas que fazemos que somos capazes de ser vistos como algo belo, e estas escolhas são acompanhadas do destino. É através destas escolhas que nosso caráter é moldado.

É uma das mais importantes Divindades na compreensão das crenças Yorubas é Ori.  É o guia de cada um e de todos para o sucesso neste mundo e também no outro (Céu-Orun). Ori é o orixá supremo que somente se abaixa para Olodumaré (Olorun). Que é a cabeça pessoal ou divindade possuída por cada e todas as pessoas.

Ori é a residência de cada escolha de realização na forma em que lutam para alcançar seu destino.

O Ori de uma pessoa é tão importante que deve ser propiciado frequentemente e sua ajuda é necessária antes de iniciar qualquer ato, e isto é feito através do Ebori (Bori), trabalhado na Radiestesia com os Tronos Divinos.